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Circuito Turístico lança projeto que retrata os bens culturais do Caminho Novo

O Circuito Turístico Caminho Novo está realizando neste mês de março, o lançamento do projeto “Circuito Turístico Caminho Novo – Encantos do Patrimônio Cultural”, nas cinco cidades representadas no livro de fotografias e vídeo documentário que retratam o conjunto de bens culturais encontrados nos municípios que fazem parte do Caminho Novo: Simão Pereira, Matias Barbosa, Santana do Deserto, Juiz de Fora e Santos Dumont.

 

Em Santos Dumont, o lançamento oficial aconteceu na última quinta-feira, dia 08 de março, no auditório da Fundação Educacional São José para um público de aproximadamente 150 pessoas. Os municípios de Simão Pereira e Santana do Deserto também já receberem a obra.

 
 

O projeto, que foi desenvolvido em um ano, é apresentado sob a ótica da paisagem cultural, embasada nas vias de penetração no interior de Minas Gerais, e representada pela abertura do Caminho Novo, pela construção da Estrada de Ferro Dom Pedro II e da Estrada União e Indústria.

 

Os fatos históricos que deram origem ao patrimônio encontrado nesses municípios foram essenciais para a formação e a evolução desses núcleos urbanos localizados na Zona da Mata Mineira e pertencentes ao Circuito Turístico Caminho Novo.

 

De acordo com Bruno Guilarducci, coordenador e fotógrafo do projeto, a ideia surgiu como uma maneira de mostrar para os municípios integrantes do Circuito Turístico Caminho Novo as similaridades culturais que identificam a região.

 

“Ter atuado como elaborador, coordenador e fotógrafo desse projeto foi muito satisfatório, ao passo que foi possível demonstrar por meio de fotografias e filmagens os liames históricos que giram em torno da abertura do Caminho Novo, Estrada de Ferro Dom Pedro II e Estrada União e Indústria e que unem e revigoram a memória coletiva da população regional”, ressaltou Bruno.

 

A abertura do Caminho Novo apresentava como dificuldades naturais, a transposição do Rio Paraibuna e a ultrapassagem da Serra da Mantiqueira, que delinearam todo o trajeto a ser percorrido. Impulsionada pela expansão cafeeira, a construção da Estrada de Ferro Dom Pedro II, no final da década de 1870, favoreceu o crescimento econômico na região e contribuiu para escoar a produção de café com mais rapidez até o Rio de Janeiro. Com isso, ela se concretizou como a espinha dorsal da malha ferroviária no Brasil.

Posteriormente seu nome foi alterado para Estrada de Ferro Central do Brasil, e sequencialmente para Rede Ferroviária Federal. Também como forma de escoamento do café, a Estrada União e Indústria, primeira estrada pavimentada do país com 144 quilômetros, foi construída a partir de 1856 e concluída em 1861, por Mariano Procópio Ferreira Lage com a mão de obra de imigrantes alemães e austríacos.

Com a construção, o trajeto que antes era feito em quatro dias foi reduzido para nove horas. Sua importância representou um feito de engenharia para a época, e dada sua representatividade, ela ficou conhecida como a rainha das rodovias brasileiras. Era possível encontrar, de vinte em vinte quilômetros, estações de descanso para passageiros, cavalos e para a manutenção dos veículos.

 

Esses municípios vão se formando ao longo dos eixos de penetração, onde ocorre a formação da paisagem cultural à luz do patrimônio material. Assim, livro e vídeo documentário apresentam as diferenças dos patrimônios desses municípios, por meio de imagens e filmagens de trechos originais do Caminho Novo, da Estrada União e Indústria, de construções históricas desses períodos, além de estações e paradas ferroviárias.

Para Tiago Guimarães que foi responsável pelas filmagens dos pontos turísticos dos cinco municípios, o projeto é o ponto de partida para a valorização do patrimônio histórico cultural do Caminho Novo.

 

“Esse trabalho foi enriquecedor! Visitar objetos turísticos abandonados, conservados por pessoas que valorizam e até mesmo espaços esquecidos me fez refletir que, além de conhecer, pertencer, temos que conservar e potencializar essas riquezas a níveis que percorrem o municipal, estadual e federal. Somos a mola propulsora de qualquer valorização, basta conhecermos os valores e saber o que conservar!”, afirmou Tiago.

 

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Gláucia Rabello

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